VISCERALIDADES

O visceral sai de mim num grito sofrido, mordendo o travesseiro, urrando, gritando e soltando tiro por uma dor que parecia que ia me explodir...
Doeu, doeu... Deixei sangrar... Deixei sair... Quando já não tinha mais o que chorar, levantei, olhei no espelho, respirei... Depois respirei de novo, e mais uma vez... E descobri o quanto era bom respirar...

Em busca da pausa de mil compassos!

Quis pedir silêncio...
Não me ouviram...
Não me respeitaram...
Não me deram trela...

Quisera eu ter a sanidade dos loucos, esses sim, falam pelos cotovelos apenas aquilo que tem vontade, colocam o dedo na ferida, doa a quem doer...

Na piscina de gel que afundo, sinto meu corpo amarrado, sofrido, chorado, sem perspectivas...

Pedi a Deus um PORQUE... Apenas um porque...

ABRE OS SEUS ARMÁRIOS!!!

...Vim só dar... Despedida...

Despedida, aquela que dói no peito.
Dói justo no momento em que crueldade, bondade, predileção, argumentos, são termos que não saem tão facilmente do vocabulário.
Felicidade? É o que eu sonhei? Ou é o que eu ñ quero?
É a minha batucada. meu grito, meu canto!!! Ninguém vai tirar isso de mim...

Se você pudesse escolher, o que escolheria?

Se correr, o bicho pega? E se ficar????