quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Devolvo as lágrimas que você colocou nos meus olhos, pois não vou mais precisar delas...
As substituirei por outras, pelas lágrimas plenas de uma satisfação pontual...
Eu fico com a lembrança dos desdobramentos desmerecidos...
Com a lembrança do "Pede?" Quase que inaudível ao pé do ouvido...
Das 36 horas de trabalho ininterrupto...
Com as dores que aspiravam reacontecer...
Chega de dragão chinês!!! De dragão chinês eu já sou escaldado...
Não vou mais sentir falta de ar com a iminência de uma discussão...
Não vou mais abrir meu peito sem ter certeza da idoneidade do recebedor de sua chave...
Não escancaro mais minha virilidade em troca de migalhas...
O restinho de migalha que eu tenho vou guardar para um pombo ou um lobo mal que me trate co mo um verdadeiro chapeuzinho ou que me faça valer por três porquinhos...
Acho que agora ele se foi de vez... Original e lacrado... Contendo todos os seus valores e princípios burros e intransferíveis...
"E no fim, uma pizza e um filme solitário... Sou mais desenrolado com palavras escritas do que com as faladas... Se eu tiver sendo um chato por favor me avise..."
E novamente beba-me...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Beba-me numa taça de cachaça...

Jogue-me flores, mas não me diga talvez...
Se tem alguém sofrendo nessa história, a culpe é de vocês!

Não me peça tempo...
Não me peça saco...
Não me peça espaço...
Não me peça dinheiro...
Não me peça um isqueiro...

Só quero sossego...
Num amigo desapego...
O presente de um nego...
A liberdade...

Mas eu não quero parecer chato ou inóspito
Quero só ouvir a morte de angélica...
Dar boas risadas com a sua trajetória até a passagem...

Surpreender-se com um beijo, molhado, suado, merecido, encantado...
É tudo que o homem quer...
Não importa se gosta de homem, ou se gosta de mulher...
O que importa, veja bem meu bem...
O que importa é a vontade...
A verdade...
A fome...
A fome que come...
A fome que esconde...
A fome que escolhe...
Escolhe ser fome...

E me tome...
Por que estou com vontade de te beber...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Veja bem, meu bem...

Quem tem medo do lobo mau?

Do lobo mau?

Do lobo mau?


Eu não tenho... Ou não tinha...


Estou me escorrendo em devaneio há alguns meses... De forma velada, leve, doce, tórrida.


Eis que um tórrido romance (por que não dizer romance?) se desenrola por corredores de janelas em formato de submarino... A franquesa despojada une-se à idéia escorrida. Juntas são uma só poesia, pulsam num mesmo compasso... A dança do Lobo Mau é menos encenada, mas não menos crua.... Cruel... Visceral...


Eis que os corações dançam juntos ao som da orquestra de ofegações e variações respiratórias...

"Respira!"


Nús e crús compactuamos com um ritual de fogo... Nos queimamos com o que tínhamos de melhor, o fogo...



domingo, 13 de dezembro de 2009

O CONFLITO COMO O COMBUSTÍVEL DA EFERVESCÊNCIA!!!

O conflito é a grande chave do enigma!
Ou seria a falta dele?
A falta dele que faz com que eu me sinta assim?
Com essa vontadezinha de chorar em momentos que eu não deveria?
Saudade de desejos incontidos que escritos num papel de pão, me faziam sorrir quando o dia amanhecia e uma jornada longa de trabalho vinha peça frente.
Eu sou a antítese. A prova viva de "um pouco de galinha não faz mal a ninguém" como diria a minha amiga eunuca e sem o pinto, Mariana Farcetta.
Eu já não me vejo sucumbindo à vontades imperadoras de um coração demente...
Tem coisa mudando dentro de mim e pela primeira vez eu não faço idéia do que seja. Tô amargando como uma cervej quente, um jiló mal refogado ou uma Taioba bem fresquinha.
O negócio é que me faltam conflitos. Conflitos que aflorem a libido, que cheirem a emoção...
Me faltam conflitos, libidos e um pouco de caldo de galinha...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Socorro alguma coisa que se sinta!!!

Mais um final de semana regado de muito trabalho, preocupação, reflexão acerca da minha missão profissional... E mais um pouco de trabalho.
Reflito no meu "divã virtual" acerca do comportamento dos seres humanos. Mas somente os bípedes, com polegar e indicador em forma de pinça.
Hoje eu não quero tentar ser o melhor escritor da face da terra. Nem escrever difícil pra que as pessoas leiam sem entender e digam que o meu blog é lindo!
Hoje eu só quero ser sincero. Certo, direto, certeiro... Não importa mais se é dia ou se é noite... A vida é linda até pra quem é triste. Hoje eu não quero manter uma sequência lógica de idéias, portanto perdoem-me a incoerência.
Hoje eu vou colocar a cabeça no travesseiro tentando entender um orgão do meu corpo que insiste em ter vida própria (e não é o pinto, acreditem se quiser!).
Meu coração tem um "delay" de pelo menos 2 ou 3 anos. Ele só entende que algo se passou quando esse algo já passou.
Não durmo mais agarrado com ninguém. Não sem antes me certificar de que esta pessoa tem pelo menos vontade de dormir com um cara chato, que ronca e não sabe o que quer na maioria dos momentos.
Cresci lidando com o medo de frente. Cresci sem vontade de crescer... E quero morrer sem ter vontade de morrer.
Minha cabeça passa por momentos de tenra lucidez e tensa incerteza em curtos períodos de tempo. Quando percebo quero me jogar de braços abertos de cima de um prédio de 298 andares, e quando me jogo tenho vontade de me agarrar na primeira janela e voltar pro chão, porque descubro que tenho medo de altura.
A vida que eu quero levar está se aproximando. Sorrateira, de leve, no tempo dela. E eu tenho o péssimo defeito de não saber respeitar o tempo das coisas, nem das pessoas...

Rodrigo Ramos
Ser humano, bípede, pensante, declarado pederasta, um carente em potencial.