quinta-feira, 18 de março de 2010

Muito tempo sem idéias...

As idéias são como um conta-gotas... E faz tempo que eu não coloco o meu no vidrinho de remédio pra que ele suba cheio...
Poesia que não se escorre... Tá faltando encanto no meu vidrinho pra que eu encha o meu conta-gotas...

Desejos que parecem estar apagados, sonhos que parecem não estar esquecidos...

É a minha ampulheta... A minha verdade... Não menos esquecida, não menos esquisita... Porém um pouco mais sonhada do que as outras!

Debruçar aqui o meu desabafo, o meu desencanto e o meu desencontro com a realidade é uma forma de respirar em meio a este meio que me suga, sufoca, segrega...

Faço parte da minoria segregada, que respira e aspira por encantos... E cantos... Que nem sempre vem ao amanhecer...

E com o romper do dia, a minha alegria se renova, acordo e faço a barba e olho a vida lá fora com a certeza de que hoje eu vou dormir antes de você ir embora...

Só não dói menos do que injeção...

Só não faz mais falta do que a intimidade, saudade, lealdade...

Você levou tudo isso embora. Agora sofra, sofra cada centímetro das risadas sentidas por dentro... Cada frio no coração (e não na barriga) que você me causou...

Eu tinha um coração... Agora eu tenho uma pedra! De granito. E em negrito, escrito o seu nome, assim como na sua lápide que hoje jaz um antigo amante...



Rodrigo Ramos
17/03/2010

Nenhum comentário: